Definições de Objetos de Aprendizagem (OA) - Características e Atributos
Objeto de aprendizagem é qualquer ferramenta que possa auxiliar nas dificuldades de um determinado conteúdo, tendo como principal objetivo suprir essas dificuldades através de casos reais, exemplos práticos ou demonstrações virtuais, quando não é possível obter os resultados da maneira tradicional. Os objetos podem ser vídeos, jogos, programas demonstrativos ou interativos, podem ser construídos usando qualquer ferramenta disponível a depender do que esteja-se pretendendo, utilizando de imagens, animações e applets, documentos VRML (realidade virtual), arquivos de texto ou hipertexto, dentre outros. Segundo Singh citado por Bettio e Martins (2001), um objeto de aprendizagem para ser bem estruturado é dividido em três partes bem definidas:
- Objetivos: esta parte do objeto tem como intenção demonstrar ao aprendiz o que pode ser aprendido a partir do estudo desse objeto, além do pré-requisito para um bom aproveitamento do conteúdo.
- Conteúdo instrucional: parte que apresenta todo o material didático necessário para que no termino o aluno possa atingir os objetivos definidos.
- Prática e feedback: uma das características importantes do paradigma objetos de aprendizagem é que a cada final de utilização julga-se necessário que o aprendiz verifique se o seu desempenho atingiu as expectativas.
Os estudos sobre OA são recentes, de forma que não há um consenso universalmente aceito sobre sua definição. Não há um limite de tamanho para um Objeto de Aprendizagem, porém existe o consenso de que ele deve ter um propósito educacional definido, um elemento que estimule a reflexão do estudante e que sua aplicação não se restrinja a um único contexto (BETTIO; MARTINS, 2004).
Alguns pesquisadores indicam diversos fatores que favorecem o uso de OA na área educacional. Primeiramente, podemos citar a flexibilidade: os Objetos de Aprendizagem são construídos de forma simples e, por isso, já nascem flexíveis, de forma que podem ser reutilizáveis sem nenhum custo com manutenção. Em segundo, temos a facilidade para atualização: como os OA são utilizados em diversos momentos, a atualização dos mesmos em tempo real é relativamente simples, bastando apenas que todos os dados relativos a esse objeto estejam em um mesmo banco de informações. Em terceiro lugar, temos a customização: como os objetos são independentes, a idéia de utilização dos mesmos em um curso ou em vários cursos ao mesmo tempo torna-se real, e cada instituição educacional pode utilizar-se dos objetos e arranjá-los da maneira que mais convier. Em quarto lugar, temos a interoperabilidade: os OA podem ser utilizados em qualquer plataforma de ensino em todo o mundo. Há várias pesquisas que mostram o uso de Objetos de Aprendizagem como ferramentas de apoio à construção de conceitos matemáticos (CASTRO-FILHO et al., 2003; GOMES; TEDESCO; CASTRO-FILHO, 2003; LEITE et al., 2003). Esses pesquisadores investigaram a formação de diferentes conceitos ligados à aritmética, álgebra, frações e funções. Ainda há poucas investigações sobre as contribuições de OA para o desenvolvimento do pensamento proporcional.
Para que o objeto de aprendizagem atinja seu objetivo muitos critérios devem ser observados, para que evitemos perder tempo em algo que não atenda ao usuário. Antes do objeto de aprendizagem ser montado, deve-se observar qual a principal dificuldade encontrada, qual o resultado esperado após colocado em pratica qual o resultado antes de iniciar sua construção, quais serão as ferramentas a serem utilizadas e quanto tempo será preciso para que o mesmo esteja pronto. Claro que para montar, muitos outros detalhes devem ser observados ainda do processo de decisão para evitar que o objeto atinja o efeito desejado.
A avaliação de um OA e muito importante pois eles são materiais pedagógicos que auxiliam na construção do conhecimento. Durante o desenvolvimento de um OA o mesmo pode ser aprimorado através de avaliações formativas ao longo do seu projeto. Para a avaliação de um OA é preciso criar: critérios patrão; construir formulários de verificação/validação dos critérios e criar escalas de avaliação.
Para avaliar o OA, os pesquisadores consideram alguns parâmetros: como concepção epistemológica; qualidade do conteúdo, adequação do conteúdo ao público alvo/faixa etária; definição dos objetivos a serem alcançados; forma de feedback ao usuário; motivação; forma de apresentação(layout, navegação, usabilidade); reusabilidade.
Para avaliar um OA é preciso analisar qual o objetivo pretendido e qual a melhor solução de OA para que este seja alcançado. Com o OA definido é iniciado a criação do mesmo. Após a sua fase inicial está pronta é feita uma analise para conferir se já está conseguindo atingir os objetivos esperados, e caso não esteja totalmente de acordo, uma nova analise é feita para que venhamos definir o que será mudado e o que irá permanecer. Após os ajustes, um novo teste é feito para checar se ainda há necessidades de mudanças, e então um teste é feito por professores e alunos para confirmar se tudo ocorreu como esperado. Se tudo estiver dentro do esperado o OA é então publicado.
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO ALUNO AO USAR OS OBJETOS DE APRENDIZAGEM:
Os Objetos de Aprendizagem, quando em forma de jogos, devem dispor de um meio de armazenamento das pontuações alcançadas pelos aprendizes, fazendo analogias e comparações dos resutados corretos e errados, para a monitoração do professor, este por sua vez deve proporcionar meios para o futuro acerto das respostas.
Quando, por exemplo, se usa um jogo para reforçar o aprendizado de operações matemáticas, no qual é trabalhado as operações simples de soma, subtração, multiplicação e divisão, o OA deve armazenar a quantidade total de operações realizadas pelo aprendiz, a quantidade de operações com acertos e erros, qual das operações houve mais índice de erro e acerto e em qual grau de dificuldade.